Revista Bem Estar – Maio de 2006
Cuidados simples e específicos ajudam a prolongar a vitalidade
A palavra antienvelhecimento teoricamente, não existe. É o que observam os médicos Wilmar Jorge Accursio – nutrologista, endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Antienvelhecimento – e a geriatra carioca Silvia Pereira, secretária geral da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O termo é muito usado, mas eles deixam claro que não se evita o envelhecimento, apenas se minimiza alguns aspectos desse momento.
Antienvelhecimento, portanto, é a maneira coloquial para designar ‘’envelhecer com melhor qualidade’’. Como bem lembra Silvia, nesse quesito não existe padrão. Tudo depende da genética e do rumo que cada um dá à sua saúde. ‘’Mesmo quem teve vida sedentária pode se beneficiar com a prática de hábitos saudáveis’’, avisa a geriatra. ‘’Além de alimentação e atividade física, deve-se levar em contra a vida social: conhecer e conviver com amigos é muito importante nessa fase. ‘’
Para envelhecer bem, na opinião do endocrinologista Accursio, os cuidados devem começar aos 40 anos. ‘’Não dá para contar com a sorte’’, adverte. Ele enumera cinco ações importantes. Na falta de dinheiro, é possível, sim, se cuidar, fazendo o básico: atividade física, controle do peso e alimentação saudável. Não há desculpas, portanto, para não arregaçar as mangas.
– Atividade física, com exercícios aeróbicos, como caminhar, nadar, etc., no mínimo três vezes por semana. A ‘’novidade’’ é que a musculação é comprovadamente essencial para recuperar a perda da musculatura. ‘’Puxar’’ peso dá mais força e agilidade ao corpo.
– Dormir bem. Claro que as horas de sono variam de uma para outro. O importante é que, independentemente do tempo, a pessoa se sinta descansada ao acordar. Atividade física ajuda muito nesse item. Em caso de insônia, procure um médico.
– Alimentação adequada não significa comer só verduras. Nada de radicalismo. Alimentar-se com variedade é importante, assim como manter o peso e não engordar. Hoje, sabe-se da importância da suplementação, ou seja, da ingestão de vitaminas, minerais e antirradicais livres, que funcionam como medicamento preventivo. Depois dos 50 e, principalmente, após os 60 anos, diminui a capacidade de absorção do organismo. Aí que entra a reposição com suplementos, sempre sob orientação médica.
– Reposição hormonal para homens e mulheres. Nesse momento de queda brusca, um endocrinologista pode orientar sobre o melhor método.
– Afastar maus hábitos, o que inclui um leque enorme de itens: parar de fumar, de automedicar-se, de beber demais, de isolar-se socialmente… Tudo o que prejudique a saúde física e mental.