Revista Abril – 2009
Com a chegada do frio, a vontade de devorar guloseimas costuma aumentar. ‘’Isso é resultado de uma herança ancestral’’, conta o endocrinologista Wilmar Accursio. No inverno, os homens primitivos não tinham tantos casacos ou caça à disposição. Então comiam mais, para manter a temperatura e ganhar energia. ‘’O problema é que hoje temos tudo isso em quantidade, mas um mecanismo que atua no hipotálamo (região cerebral que regula a liberação de hormônios e os processos metabólicos) continua pedindo mais alimento’’, complementa. Calma! Não precisa passar fome para chegar ao fim do inverno sem comprometer a silhueta. Basta investir em pequenas mudanças que fazem a diferença!
De olho nas vontades
Certamente já aconteceu de seus olhos cruzarem aquele pedaço de-li-ci-o-so- de torta de chocolate e, instantaneamente, sua boca começar a salivar. Observar um alimento do qual você gosta é o suficiente para alavancar associações positivas no cérebro e atiçar o desejo. Portanto, procure passar longe das vitrines das docerias. Fique de olho, também, para evitar comer determinado alimento todos os dias. Caso contrário, habituará seu organismo a deseja-lo diariamente. Antes de dar a primeira mordida, preste atenção no seu corpo. Se realmente estiver com fome, seu estômago estará roncando e você sentirá falta de energia. Isso acontece três ou quatro horas após a última refeição.
Abaixo as proibições
Quando você rotula um alimento de inimigo, automaticamente o torna mais desejável. Cientistas da Universidade de Oregon monitoraram a atividade cerebral de um grupo, enquanto jantava, e descobriram que quanto menos achavam a refeição saborosa, mais comiam para compensar. Em vez de se preocupar em seguir uma lista daquilo que é permitido, incorpore às refeições pequenas porções dos seus alimentos preferidos.